Concelho: Não desligar a música
Sonhos que tenho, sonhos que me perseguem. Sonhos sem sentido, com um toque de beleza emocionante.
Estranho quando acordamos com falta de ar, não por ter algum problema de respiração, mas sim por ter tido uns dos meus sonhos estranhos (novamente)
Verde, muito verde: Sala velha e escura com raios de luz fortes que nela atravessavam. A janela grande tinha vista para uma floresta densa ao mesmo tempo magnifica pelos sons que de lá saiam; cânticos celestiais de pássaros amantes, das folhas soltas e ramos cruzados.
No canto, junto a janela, um piano velho que a sua idade nele mostrou muitas pautas, muitos amores, choros, arrependimentos, saudades, lágrimas. Sentado nele, estava uma velhota, do seu lado, o seu parceiro, que por sinal era novo de mais para a idade que a senhora aparentava. Sentados tocavam no momento que choravam. De mãos dadas, ambos tocavam com uma só mão, desenrolando a suas vidas em notas confortantes, arrepiantes e por si tristes. O pobre parceiro já tinha morrido, apenas fazia companhia a sua companheira que tocava a musica que ambos tinham composto.
Em mim chorei, por me aperceber da saudade que aquela pobre/forte mulher atravessava. Que o grande amor que aqueles seres passaram nada se tinha alterado. "até ao resto das nossas vidas".
A mulher pedia - "leva-me. Aqui nada faço" - com a constante resposta do seu falecido esposo - " toca, toca, que aqui quero-te ouvir toca-la. Tocar a musica que nos fez, nos criou e em nós fez crescer" - .
Por momentos a senhora parou de tocar e sorriu; "amo-te" ; e adormeceu junto da janela em busca daquilo que esperava todos os dias perto do piano, seu querido amado.
RJ99
Estranho quando acordamos com falta de ar, não por ter algum problema de respiração, mas sim por ter tido uns dos meus sonhos estranhos (novamente)
Verde, muito verde: Sala velha e escura com raios de luz fortes que nela atravessavam. A janela grande tinha vista para uma floresta densa ao mesmo tempo magnifica pelos sons que de lá saiam; cânticos celestiais de pássaros amantes, das folhas soltas e ramos cruzados.
No canto, junto a janela, um piano velho que a sua idade nele mostrou muitas pautas, muitos amores, choros, arrependimentos, saudades, lágrimas. Sentado nele, estava uma velhota, do seu lado, o seu parceiro, que por sinal era novo de mais para a idade que a senhora aparentava. Sentados tocavam no momento que choravam. De mãos dadas, ambos tocavam com uma só mão, desenrolando a suas vidas em notas confortantes, arrepiantes e por si tristes. O pobre parceiro já tinha morrido, apenas fazia companhia a sua companheira que tocava a musica que ambos tinham composto.
Em mim chorei, por me aperceber da saudade que aquela pobre/forte mulher atravessava. Que o grande amor que aqueles seres passaram nada se tinha alterado. "até ao resto das nossas vidas".
A mulher pedia - "leva-me. Aqui nada faço" - com a constante resposta do seu falecido esposo - " toca, toca, que aqui quero-te ouvir toca-la. Tocar a musica que nos fez, nos criou e em nós fez crescer" - .
Por momentos a senhora parou de tocar e sorriu; "amo-te" ; e adormeceu junto da janela em busca daquilo que esperava todos os dias perto do piano, seu querido amado.
RJ99

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