Parece estranho. Um mundo revertido como quem vê o pôr-do-sol reflectido no mar, dispensando o verdadeiro belo sobre as águas do imenso mar, onde vês as margens contaminadas por gigantes barcos, onde, ao observar o quadro lunar mágico, não consegues perceber se é óleo negro ou sangue. Sangue das guerras, do racismo, vandalismo, prostituição ou das mães que abortaram seus filhos brancos e claros da inocência da pouca vida que até ao momento tinham percorrido. Um mundo que, estranhamente real, ficou. É a tristeza da realidade que fala, onde vejo gente a enfrentar por um prato de comida, onde a água é saliva e droga alivio. Enquanto muitos dormem, outros se contorcem. É o frio que segue o rumo e com ele a sua sorte. Corrupção é diversão, trabalho duro de tormento é o sustento. A moda é o humilhado engraxar o sapato e em qualquer caso é apenas mais um chato. A vida é mais que um mero poema realizado por um ser bem sucedido, esquecido, despreocupado por quem o pouco lhe persegue de forma sistemática.
Não és o mundo que via em criança. Quem és tu, mundo cruel? Convidas, de forma injusta, a morte habitar no coração que não lhe pertence. Sai, acaba, deixa. Não mereces os bons.
Não és.
O final do fimle A Missão, de Roland Joffé, tem uma citação que me marcou muito... simplesmente diz "The world is thus. Thus have we made the world".
ResponderEliminara pura verdade escrita
ResponderEliminarNão tenho palavras mais uma vez...
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