Em vão

"Não me lembro de correr..... Via apenas tu a correr sem fim".
A juventude que em permanecia não sabia bem como lidar com certas. Era novo, e pouco daquilo tinha vivenciado. Tínhamos-nos conhecido à pouco tempo, mas isso não fazia de uma relação, ou tentativa, impossível. Sentados nas escadas falávamos. Aquele momento que subíamos as escadas e dizias "quero falar contigo", fazia me sentir um frio na barriga, calculando algo pior.
Apercebi-me quando sentei-me e vi a cara dela. Desconfortável e sem saber como dizer o "não" que já eu esperava. Caiu o mundo, as histórias até lá vividas, a vontade de acreditar no que tinha dito.
Levantou-se e saiu. Em vão vai, em vão foi, em vão fiquei, em vão permaneci. Nada fazia sentido, quando tudo que passava na minha cabeça era dita em vão. Cabeça focada na mentira verdadeira criada na minha mente. Tudo era dito em vão, pensando que, mais tarde, voltaria tudo ao normal e que tudo aquilo que ela tinha dito era mentira.
"Não me lembro de correr", não me esforcei para retorcer aquilo que eu queria, "Via apenas tu a correr sem fim", ela acabava por "fugir" sem olhar para trás, sem querer ver na desgraça que o deixou.
Ele orienta-se em meras e simples palavras soltas na mente que agora está destruída.
Ela orientada pelo futuro que lhe espera, esquecendo do futuro que roubou ao "outro"


RJJ99

Sem comentários:

Enviar um comentário