Lacrimejando

  Debochar aqueles meros actos que pouco se fazem sentir, que nada são comparados ás palavras que antes, e por vezes no "agora", eram ditas. Saiam-lhe ruídos confortantes daquela base que enganava com seu sorriso de amar mais, e mais, e mais, até, já por dissolvência, agindo de má fé, conseguindo acabar com tudo. Tudo dito, pouco escrito e nada, pois bem, nada... enfim, é relativo. Relativo aos seus actos, que pouco demonstraram o que as palavras diziam e faziam-se significar em tão bela voz e boca sedutora. Dor que repugnava o seu lugar vezes sem conta, voltando sempre ao ponto crucial, ao ponto onde era, e mais uma vez, protagonista do desamparo. Palavras sós são ditas sem rumo, sem receptor e dignidade, nem vê-la, ao ar que respirava, enquanto soluçava seu nome, lacrimejando pouco a pouco as lágrimas secas que custavam a descer  em sua face.

Na dignidade que cada um deve ter de si próprio, é bom perceber que em nós existe um "ser" que sofre. Ser que sente  saudade, amor, alegria, dor, entre muitos outros sentimentos que, quando agimos, são as ultimas coisas a pensar, e só depois, já quando tudo se revela, é que nos lembramos "eu deveria ser mais importante".

RJ99

2 comentários:

  1. É lindo o que escreves...mas pena que não condiz com a pessoa que és no íntimo, ou seja, são do palavras :/

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