Lua, Oh Lua.

Derivado de um olhar pouco próximo e tão distante, aquilo que se pode chamar de primeira vista, mas sem amor. Complexa a forma de se explicar dito olhar, que por muito diz e nada se percebe. Vergonha de um olhar contínuo, de uma tentativa de se fazer mostrar que ali está. Restaurado ao luar, permanece aquele boneco, pouco mais de que um mero fantoche. Segue-se nos actos que faz sem querer, Fantoche da maldade ou, quem sabe, se não a pura verdade. Mas claramente é impossível! Não estaria, ele, sempre certo perante as regras, pois não é mais que a experimental alquimia, a ciência que tem como primeiro mandamento a principal razão das trocas e transformações, onde a sua troca ou transformação da dita massa (ou que 'nuvem' seja) terá que ser proporcional ao seu valor 'Xinicial' do seu percurso de transformação. Ele não está e nem é parcial, ou melhor dito, justo perante as suas acções. Eis a razão que a lua lhe dá e tanto lhe ajuda a restaurar tudo aquilo que lhe aflige. Pouco intelectual nas suas acções. Mas a sua parceira ajuda quando mais precisa. Lua, oh Lua, tu que guardas e tanto defendes, se não és tu a maior protectora daquele ser que te implora companhia e força! Guardiã do limitado, do fraco, do baixo ego.
Lua, Oh Lua.

Palco

Canto a canto, é baile de sentimentos, passos vagabundos, pés descalços - sem rumos destintos - Linhas cruzadas, são fugas em desespero, Nortes e Centros que temem o ponto final. Parágrafo. Que básicos são, que em meras e diferenciadas atitudes fazem destacar a incompatibilidade. Magnânimas as almas que permanecem em destacar-se perante estes e aqueles, mas que apenas se diminuem, tornando-se fúteis aos pensamentos primários que são papeis principais, no teatro de marionetas que branda e tenta clamar os próprios atos de forma subtil. Palhaçada. Dia e noite lamenta,  peça da desgraça que tenta remediar o que faz e/ou quer parar de fazer. Olho-de-falcão, a pedra semi-preciosa que nele permanece e faz ver, ou querer, aquilo que quer. Lamentável sois, por apenas permitires certas actuações no palco minúsculo que assim guardas, sendo ele o único ou quase inestimável bem próprio. Suave e calmo assim ficas, após leve e suave brisa que assim passa e te faz sentir confortável - ou aparentemente como tal - .


RJ99

Aparentemente

Veste-se em paciência, ou camada de dor sublime, que insiste em percorrer aquele sangue quente, que fala coisas que não quer ou deve. Não! Ele está certo. Balança pouco equilibra aquilo que significa ser o correto, aquilo que diz e pouco se entende, mas que na verdade pratica nas escuras e que mesmo ele insiste em mentir para si próprio, de forma a ocultar aquilo que ele realmente é. Não é Pessoa, muito menos Eça, é um desbastado corpo que permanece em citar o que faz, pensa ou sente. Coitado que é, pensa no que não se faz, faz o que oposto do seu pensamento e ainda se julga por pensar o oposto dos seus actos. Merecido. Desfigurado por dentro e aparentemente inteiro por fora, é assim que se apresenta aos alheios.

RJ99

A Pedra semi-precisosa

Descolára aquela peça bruta,  pois bem. Franco e fraco rapaz que se atira de cabeça,  sem saber o fundo das suas profundezas aguáticas, pensamentos e actos aparentemente descuidados, ou relativamente meros perante o seu protocolo de interesses. Em mapas,  vai assim apontando esquadros e medidas, calculadoras e calculos,  em matéria matematicamente impossivel,  porque assim é e sois,  oh Mulher. São cabelos e carecadas,  são as barbas que não se cortam e sons incompativeis, e assim fazem variar o ritmo cardíaco e dar a entender o oposto, que mesmo assim ainda se atraí.
É golo que passou por trás do guarda-redes. Ele na frente e ela atrás. É magia que vão fazendo e fazem, escondidos, sem ninguem os ver. Assim se perlonga a descoberta alheia,  em busca de algo novo;  brava e bravura a atitude que se permanece e dá a entender quem manda. Tanto que engana, e que mole é. Mole coração que ainda pouco se mostrou, pois em pedra escreve-se o caminho traçado e a traçar.

RJ99

Meio termo nos inversos

Amor que se odeia, é ódio por amor, francamente sujo e pouco transparente, àquilo se pode chamar honestidade. Amor que tem um meio termo de um inicio que nunca começou e de um fim que parece sempre acabar, e que no entanto, não acaba - Não acaba por falta de tempo ou por tempo a mais, pois incertos são os ponteiros que dentem em acelerar quando se Amam, porque longe, sem o tempo junto dos Amantes, onde os ponteiros são para cada um individuais, o Amar é estranho e brutalmente falso -. Cardápio da vida, onde se cria vontade de escolher o menos caro, o que menos "custa", pois com alma e corpo em jogo, são poucos os que se arriscam entrar no inferno, contudo, no meio de tanta falta de coragem, existirá sempre um "pobre" que se irá fazer feliz com pequenos e mediúcres atos, que a ele oferecidos serão estupidamente magnânimos. Amor que roda o tempo - tempo fulcral para terminar o que é necessário acabar.



RJ99
 

224

É passo que deu, este foi, mas presente é,  tempo que não anda. Eis que o douro dança, se não mais que uma estrada loira, é a presença que estranhou e incomodou. Brilhante és, oh azul que até então não tinham sido reparados. Necessita concentração. Ainda é o olhar maligno.  É incapaz.  Não segura e começa a tropeçar em pensamentos e ideias. Bolos. Assim se deu,  e já na areia perlongam. Rapidez. E já são pedras, essas pisadas e desfrutadas de verdadeiras gargalhadas. Tempo parou, ele não anda. São tendas, são dormidas,  ou não dormidas, são lugares que não se esquecem, codigos que se lembram, numeros que permanecem, andares que decoram-se. Saudade já houve. Fraga a velocidade de um temperamento escaldante.  Age mas não pensa. Pensa mas não age. Pudim. Mundos opostos, com distancias curtas. É medo que se estabelece, nas páginas de um livro que começa. Altos e baixos,  assim são feitos os livros. Capas e contra-capas,  até chegarem a um meio.
– O Presente! - diz o Agora. Mas tudo termina. É destino mútuo.

RJ99

É isto

São as palavras que não devem ser ditas e mesmas são pensadas para não dar a revelar os seus significados, mas,  e com alguma culpa da vontade do próprio sujeito, podem ser entendidas e por culpa delas levar a uma sequência repetitiva, simultaneamente injustificadas, de tristeza. É isto - 'o amor que não é correspondido' - , a franqueza do não correspondido, que de leve a suaves "não's", meramente e por vezes não captados no primeiro sinal, vão retirando de si tudo aquilo que ele (não)quer.
É isto - 'o que se sofre'.
RJ99

Páginas

Pisadas as pedras que erguem-se para outro rumo, culpa dos passos rasos que empurram-nas, do pobre que mal os consegue levantar, assim cego por lagrimas tapam os seus olhos, que não o deixam ver o caminho, aquele que seria, se não só ele, ou assim deduzida pelo próprio, a verdadeira continuação das páginas do livro próprio e a si comum. Deslumbrantes os sonhos que em tempos habitaram naquele pedaço de carne, que assim dedigna ser homem, agora desgraçado num banho de mágoas e profundos desencantos perante o mundo que assim tinha construído, ou meramente imaginado por si. Um livro sofrido que assim se escreve, sem mesmo conseguir remendar o fim trágico. Semeou sonhos severos e com pouca coragem assim os viveu. Traído por eles, foi. Falta de valor da sua parte. Agora, são os seus passos firmes e acentuadas que não existem, são os olhos que tomam a realidade sem cegueira que não estão escritos e, como assim também, as paginas do livro que tanto assim desejava foi desmoronado.

RJ99

Uma planície sem fim horizontal

E é em Lua que se seguram! Se não é o fraco par emocional, transbordante naquilo que não sentem, em relva húmida, e nela eles deitados a olhar para os brincos estrelados que acompanham a Lua. Guardiã das magoas, da saudade olhada pela janela de uma varanda para dois, onde é habitada por um. Vigorosos no amor mútuo, na troca de lares e olhares. É a distancia que os provoca momentos emocionantes e tão íntimos. Eles, debaixo de num pedaço de tecido sustentado, se não é uma tenda, assim se assemelha, faz deles o único par vivo junto a águas, que reflectem a Lua, a que os segura e os faz sentir fracos e tão vigorosos em amor. Uma imagem única e meramente imaginada por um escritor desleixado. É a imagem de uma planície sem fim horizontal, com relva balançada das brisas que vão passando e um par agarrado debaixo de um pedaço de tecido sustentado, a olhar para os brincos que acompanham a nossa acompanhante diurna. Lua! Se não a acompanhante dos momentos ofegantes e por vezes desmerecedores de um pobre par que a distancia assim os faz separar.

RJ99

Vê-se a Vaguear

 E nela vê-se vaguear a dor, se não é a saudade que nos magoa e faz-nos ir ao encontro do passado que alegrou momentos especiais a cada um que sente. É o resguardo do fim, é a esperança para muitos. Cada um leva-a consigo, como que obrigado a vive-la até ao fim da vida, onde todos a possuem e ninguém está sem ela. Não obedece a vontade! "Dorme e acorda as horas que quer", é ela, mais uma vez, a vaguear a dor dos desfavorecidos e de quem não tem para disfarçar a presença dela. Brisa dos campos que por vezes se faz sentir, é assim dita a saudade que nem sempre aparece. Vem de manso.. Em rumo do passado, em rumo de momentos felizes, como intuição de querer voltar ou fazer de tudo  para ser como era, é ignorância do desespero a bater nas almas recaídas no sofrimento e dor do passado feliz, e pleno presente não tão celestial.

RJ99

O 'replay' não irá funcionar

Atordoado em ventos de vales e montes frescos, onde neve ou gelo passam e pousam. Vista a 360, todos os sentidos apurados, é o fumo nada digno ao rumo que tomou. O quotidiano não permitia estabilidade e para trás ficava a presença que pouco era sentida, mas que gostava de ter vivido, se não fosse atitude tão pouca ou nada banal. Arrependimento, pouco ar e sentimentos negativamente variados, corriam em 7 dimensões, onde vista permitia ver mais cem e nada em concreto. Cambaleando, com pouca noção do real, ver-se-ia poupado do frio em direcção do calor abafado, que lhe iria fazer pior e se não o tema de gozo. Lá esperou, mas nada de porta aberta. No corredor esperou e fartou. O tema de gozo surgia assim que se apropriou da ideia "casa de banho", onde lá fez e desfez daquilo que vinha a consumir tanto mentalmente como fisicamente. Ácido e amargo sabor escorria pelas goelas, com esforço e quase sem forças para continuar, empoleirava-se em base firme na esperança que aquilo desaparecesse subitamente. Com pouca firmeza e sem qualquer, se não nenhuma, postura corporal minimamente apresentável, era olhado e gozado por quem passava e achava piada. Poucos ajudaram, poucos apoiaram,  poucos com paciência para tal fardo, e assim olhavam para a situação que ignoravam no meio de tanta chacota. Um ajudou, outro apoiou e lá conseguiu seguir a solo na carreira da desgraça. Dormiu!
É de dia e tudo é relembrado, recebendo o gozo com bom ânimo. Melhorou e tudo seguirá para a sua normalidade, mas sem qualquer intenção, e bem definida, vontade de voltar a repetir tamanha desgraça.


RJ99

Queria não fazer parte desse grupo

Que incerto é ser certo de certezas, elas vagabundas sem rumo escrito, de partes não ditas, pouco reflectidas. Assim funciona o sentido de explicação das histórias mitológicas, factos escritos e não provados. Vasto é o conhecimento, ainda mais vasto é a falta dele, pois muito não se atinge com reflexões brutalmente forçadas. E mais fundo é o mar! Teorias e "artes" pouco essenciais, são a base da filosofia que Eles demonstram-na ser a verdadeira e única forma de viver com o que não se pode viver, como o passado que foi e não volta, e o futuro que nunca mais chega.  É o Homem que pouco se faz compreender e inseguramente renovar, de forma ingrata ao seu verdadeiro sentido, aquilo que é a sua essência. Ser feliz! Pobre Ser que procura não mais que o bem-estar, limitando-se a tão pouco. Ou é incerteza? Talvez ignorância.

RJ99

Liberdade infeliz

Com pouca Justiça, assim escolhe o seu lar!

Livre leve beldade com encanto;
Assim se faz sentir tamanho direito.
Corrigindo os pescadores com a mão ao peito,
Definindo com justiça os que a mal interpretam.
Feliz vive o que a tem. Valor lhe darão!

Livre leve beldade com encanto;
É o direito que, em muitos, pouco é vivido
Povo que se retrai, povo tão sofrido
Pobre o que não tem onde colocar a dor,
Pois pouco lhe considerão, certo Ser sem valor!

Livre leve beldade com encanto:
É o direito perfeito
Que em todos merece o seu efeito
Injusto dos Homens mal sentidos
Pois pouco faz o Homem para sermos unidos

Como grande poeta se fez ouvir,
Assim faz sentir
Pois por vezes é necessário morrer
Para, com melhoria, voltar a renascer

Com pouca Justiça, assim escolhe o seu lar!

Sozinho e Separados

Da sua cabana sai. Casinha de madeira, antiga, onde lá viveram. Descalços e frios, aqueles pés desenrolados em passos desorientados, em amargura de quem não encontrou rumo a eles destinados. Corpo com o flagelo em si percorrido, abandonado e, em partes extensas de memórias alheias, esquecido. Peso a peso, queda a queda, vai regando com as suas lágrimas aquele pedaço de terra onde estava sentado, pântano maravilhoso, em árvores e dos mais deslumbrantes sons de animais, onde pensava em tudo e em nada.  De dia chega, de noite ia. Onde ele se permanece, em tempos viviam os dois, baseados em amor, carinho, compaixão e companheirismo. Ele não queria pensar. Fazia um esforço para não pensar, mas quando tentava não pensar, surgia "estou a pensar em nao pensar, mas penso porque não quero pensar ". Vida pouco branda com ele, ensinou-lhe o caminho destinado, o caminho isolado e desorientado em idéias e em sentimentos. Sem ela, pobre velho amargurava por dentro. Não sentia solidão, sentia-se sozinho por se achar o único a viver tamanha tristeza.
De ventos em escala si menor, a meio do desconfortável, fazia-se percorrer em corpo pouco vívido, entrecalado entre as várias árvores belas e robustas que se lá sentavam ao seu lado, que por sua vez, em torno de tanto desânimo, eram as suas companhias. Nao tinha más companhias, pois, de base, a natureza vai educar aquele homem, educa-lo a viver novamente.
Na diária volta para casa, surgiam as constantes mágoas e lembranças da mulher velhinha que tinha e do seu sorriso bondoso. Em lágrimas fazia-se assim, mais uma vez, derramar toda a sua tristeza de quem sente saudade do cobertor natural na cama, da companhia nas refeições e, sobre tudo, do amor que lhe tanta faltava, porque mais uma vez, lá ia o pobre velho para casa sem lhe dar a sua mão.

RJ99

Deslumbrar a dignidade


##deixa correr a música##

Da deslumbrante dignidade, correndo a deveres próprios, é manto corrido a tecido confortável a magnânimas partes adiamantadas, de tão suave e pura a sua regata de atitudes para com os que a rodeiam.
Em escassos pontos cruciais, de requinte a requinte, tropeçava assim, mais uma vez, em criar e procriar o certo, o bem e o correcto. Regava o próprio caminho de forma que, plantas belas em seu pântano imaginadas,  crescessem e mais tarde vistas, pós percorridas em caminhos a si destinados.
Silencio corrido a poluição gestual, a olhares rasgados em cegueira  e falas a mudos agitados - assim se faz e transmite sentir aquilo que é e provoca, assim, assemelhar -. O Bem nem sempre recebido de braços abertos, assusta aqueles que pouco o sentem, ou pouco convivem, tomando, assim, e mais uma vez, um olhar desconfiado. Torna-se ritual satânico, a olhares alheios, por deslumbrar a dignidade, a deveres próprios, a fazer o certo que lhe tem e quer dar.

RJ99

Um "eu" que não era

Caminho bagunçado, raro e pouco traçado
Tropeça, ele, sem condição,
De pouco, em plena firmeza, desleixado

Pouco mais que folhas soltas
É o traço que guia o seu caminho
Por muito que não faça sentido
É ele que o faz, para receber um pouco do carinho

A um passo do penhasco
Parou: acalmou
Deu conta no que se tinha tornado
Com as mãos na cara: Chorou

Recuou sem se derrubar
Calcando o piso firme
Seguiu para defrontar 
Pois na vida, tudo é sublime

Forças não lhe faltaram
Regressou ao seu "eu"
Forte que era
Subiu ao topo da forma rápida que desceu


RJ99









História que não acaba


Um pequeno sonhador actua na esperança de algo:
- Olá, participa no meu concurso! Podes ganhar,
Usou, ele, uma forma simples de começar uma conversa que, pensando por parte ser banal, a única forma de por em prática aquilo que ele queria - conhecer as amigas da rapariga que tinha conhecido com o amigo.  - . Ela chegou mesmo a participar, mais pela vontade do rapaz do que propriamente por vontade própria . Aos poucos e poucos foram "subindo as escadas"
Era um rapaz que passava mal, naqueles tempos. Um rapazito sem confiança, com as ideias um pouco mais que confusas. Aquela menina sábia, demonstrava, a ele, as palavras que não conhecia e que, não sabendo como, lhe faziam de mais o sentido delas. Se alguma vez teve problemas e nunca recebeu resposta? Era ela que o auxiliava. Ele conseguira, finalmente, distrair-se daquilo que lhe tinha feito tanto mal.
Sempre continuaram e o sentimento de cumplicidade era cada vez maior. Ele pensava que ela, sem dúvida alguma, era a melhor amiga que ele poderia vir a ter. Ela percebia-o, ela ria-se, ela ia abaixo e ele ajudava-a. Vice-versa. Era um ciclo amigável, um ciclo de cumplicidade e que lhe tanto fazia bem aquele meio.
Ele estava estável, porem, a menina sábia não. O fim, e aos poucos foram "descendo aquelas escadas" que até lá tinha subido. Lágrima a lágrima, em seu rosto escorria olhando  para ela, vendo tal sofrimento e pensar " és um estúpido ". Nada mais ele podia fazer e cada vez descia mais. Cada degrau que ambos tentavam subir juntos, era multiplicado por 3 e em 3, 7, eram os degraus ainda somados ao resultado da multiplicação. E cansados desciam mais rápido, sem sequer retorquir uma única palavra e pouco se falaram. Ainda la estão eles, a descer de mãos dadas. Reparam que a escada, bem lá no fundo, guiava dois caminhos e que cada um, se assim lá chegassem, iram ter que seguir o seu. Ainda continua de mãos dadas e espera de que algo aconteça e que lhes dê força para subir as escadas multiplicas por 3 e em 3, 7, somados os degraus ao resultado da multiplicação

RJ99

little monster

Não desligar a musica (pf)

Os olhos fecham e nada mais vez. Agora sentes. Sentes o que não queres. Dói e nada podes fazer. Segues, e apenas, cheiras o cheiro daquilo que te fez mudar. Ouvidos ficam surdos, a voz fala aquilo que não pensas e apenas ages, e muito iludido por aquilo que tanto magoa, com a intenção de te satisfazeres e achares "esta tudo bem"! Enganas-te! E agora? Agora és um boneco que obedece e que te faz por de parte! Vais começar a alegrar-te com muito pouco, a acreditar em tudo e, por muitas vezes, fazeres-te de "parvo" like a "I don't know what goes"! Vais passar do belo ao ridículo. Vais chegar ao fundo daquilo que nunca pensaste ser, ao medíocre que tanto debochavas desprezo!
Solução? Solta-te, revolta-te ao sentido que vais, entra em contra-mão , magoa-te a dobrar. Faz aquilo que não querias fazer, começar do 0! E com tudo isto digo-te -"Boa sorte, meu caro(a). Vais sofrer. Welcome, little monster. This is my new world, honey!"

RJ99

Banho de Lágrimas

Esforçava-se para não mostrar aquilo que estava a sentir aos que o rodeavam, amigos e família, contendo ao máximo cada tentativa de lágrima escorrida, fazendo-se, mais uma vez, querer passar-se por forte, aquilo que nunca foi... Entrou na casa de banho e fechou a porta. Com ela fechada, já pode abrir os olhos e derramar tudo aquilo que tinha para derramar. Despido, meteu-se na banheira e apenas ligou a água fria. Com a seu corpo de baixo da água gelada, foi chorando fundo, arrastando todas aquelas lágrimas que tanto lhe pesavam. Já sem forças, sem mesmo para conseguir estar em pé, escorregou pela banheira, já desgraçado em lágrimas e desfazendo-se, tanto por dentro como por fora, ficando de baixo da água que caia.  A água continuava a cair e a encharcar aquele corpo nu de roupa e de desgraçado que estava. Chorava, chorava, chorava e mais nenhum verbo, se não o "chorar" e "sofrer", fazia-se pertencer aquele pobre ser, que tanto sofria. Ele queria para lá de tirar a sua própria vida, ele desejava nunca ter existido, pedindo, quem sabe a um "Ser", para que o levasse e nada dele deixa-se em terra, aniquilando qualquer memória, qualquer objecto, qualquer significado ou lembrança que pudesse fazer lembrar alguém que aquele "inútil" ser fez-se insistir. Adormeceu por meros minutos. Acordou com a água ainda a cair e com ela levantou-se, desligando-a. Tirou uma toalha e saiu da banheira. Limpou a cara, tentando disfarçar, mais uma vez, as suas lágrimas. Abriu a porta e tudo voltou ao seu "normal". Esforçava-se, novamente, para não mostrar aquilo que estava a sentir aos que o rodeavam, amigos e família, contendo ao máximo cada tentativa de lágrima escorrida, fazendo-se, mais uma vez, querer passar-se por forte, aquilo que nunca foi...

RJ99

Suspiro

Em dor e dorido, das pancadas invisíveis, que por sua vez são bem sentidas, vai-se transformando naquilo que nunca imaginara ser. Correndo e esfolando-se, com suas atitudes que pouco lhe parecia pertencer, vai destruindo aquilo que, certa pessoa, tinha imaginado e planeado na sua forma de ser. Acabou ou está prestes a acabar? já nada é o mesmo. Poderá recuperar aquilo que por sua culpa e, em parte alheia, fez-se destruir e arruinar-se mesmo na sua frente? Degradado aquele corpo espiritual que enfrenta aquilo que já mais pensou enfrentar, parecendo, quase como que uma brisa leve e bem suave de uma manha de um belo descampado com erva seca com um infinito em seu fundo, o ultimo suspiro. Mas os suspiros vão-se repetindo e recriando uma nova historia, bem, a continuação da mesma que ainda não acabou, mas que em mente pobre de afectos e necessitada de acolhimento, ainda se predomina.


RJ99

Lacrimejando

  Debochar aqueles meros actos que pouco se fazem sentir, que nada são comparados ás palavras que antes, e por vezes no "agora", eram ditas. Saiam-lhe ruídos confortantes daquela base que enganava com seu sorriso de amar mais, e mais, e mais, até, já por dissolvência, agindo de má fé, conseguindo acabar com tudo. Tudo dito, pouco escrito e nada, pois bem, nada... enfim, é relativo. Relativo aos seus actos, que pouco demonstraram o que as palavras diziam e faziam-se significar em tão bela voz e boca sedutora. Dor que repugnava o seu lugar vezes sem conta, voltando sempre ao ponto crucial, ao ponto onde era, e mais uma vez, protagonista do desamparo. Palavras sós são ditas sem rumo, sem receptor e dignidade, nem vê-la, ao ar que respirava, enquanto soluçava seu nome, lacrimejando pouco a pouco as lágrimas secas que custavam a descer  em sua face.

Na dignidade que cada um deve ter de si próprio, é bom perceber que em nós existe um "ser" que sofre. Ser que sente  saudade, amor, alegria, dor, entre muitos outros sentimentos que, quando agimos, são as ultimas coisas a pensar, e só depois, já quando tudo se revela, é que nos lembramos "eu deveria ser mais importante".

RJ99

Citar um mundo da heresia

Queria citar um mundo em palavras e descrever aquilo que sinto - tarefa quase que impossível a olhos nus e sem mesmo ser, quase que por causa do ser perfeito, no mínimo realista - mas tudo que cito são os meus insignificantes medos. Não sinto só medo, I swear, mas por vezes são tantas as coisas boas que temos e que queremos dizer/partilhar, que acabamos por, somente, dizer aquilo que poderá acabar com essas alegrias. Grande parte do nosso Ser, para não dizer todo, vive no medo. Nós, meros e insignificantes grãos de areia e inúteis pixeis no espaço,  temos medo de ter medo, o que torna todo o ciclo de escolhas demasiadamente vicioso.
 Não dá para fugir ao medo, temos que conviver com ele, e com isso desenvolver algo que chamo, e que assim é designado, inteligência emocional. Temos que agir de forma inteligente - se sei que vou sofrer, então porque é que vou seguir esse "caminho"? - pois, era tudo tão bom se desse para escolher dessa mesma forma. Não, não dá para viver num mundo de rosas.- Nem teria sentido, no meu ponto de vista. Acho que o merecimento é derivado do sofrimento e não do simples "consegui porque me deram"- . Continuando; Mesmo sabendo que vamos sofrer, temos que saber agir de forma a não sofrer tanto, ou então sofrer de maneira saudável. - "Sofrer de forma saudável" até parece ser algo como masoquismo... - Quero dizer que podemos sofrer sorrindo para vida. É difícil? Bem provável, contudo, também não disse que ser emocionalmente inteligente é fácil.
Confesso que a saudade é algo praticamente insuportável. É quase como pegar em toda a tortura chinesa e egípcia e coloca-la numa só e chamarem de "saudade". Doloroso psicologicamente. O tempo passa devagar, as melhores lembranças surgem e a vontade de estar com a pessoa (ou tempo/época) vem mais forte, ainda mais forte que a ultima vez. E como é viver com isto? Não é fácil. Todo o ser humano tem que sofrer, é quase como que obrigado a sofrer para conseguir aquilo que quer.
Forte será o Homem que conseguirá ser realmente emocionalmente inteligente, mas triste será por não saber o que é sofrer e por fim ter a sua recompensa. O sofrimento não é assim tão mau, pois não? Porque não olhar para tudo, medo e sofrimento, e ver seu lado positivo. Não adianta lamentar o que nos acontece de mau, apenas adianta erguer a cabeça, estufar o peito de forma recta e determinada dizendo- "vou citar um mundo de palavras" (primeira linha do texto) -

RJ99  

Lua que és diferente

Concelho: Não desligar a música

Noite suave, quieta como as suas estrelas que aparentavam não se mexer. A lua estava a meio, mostrando aquilo que queria sobre o fundo do horizonte, deixando o seu rasto de luz debruçado no mar ondulado. As ondas rebentavam,  fazendo soar a maravilhosa melodia das águas batidas vezes sem conta nas rochas . Conseguia ver aquilo tudo sentado junto a um penhasco magnânimo e sem fim. De fundo, um pianinho tocava uma melodia, e com ele um som lento e com as suas pousadas ondas que se faziam bater nas rochas; rochas dos que alguma vez pensaram só em si e não nos que os amam. 
Eu limitava-me a atirar ao mar as pedrinhas que me faziam companhia. Aquelas pedrinhas que em tempos foram rochas enormes e que de momento são insignificantes distúrbios para quem anda ali, aleijando e atrapalhando quem menos gosta delas. "Não quero ser esta pedrinha" dizia eu ao mesmo que a atirava ao mar.
A lua iluminava aquela noite estrelada, com tantas ou mais estrelas que pedras vistas do meu lado. Estrelas apoiadas naquele céu infinito, céu que reina o lugar de quem já não está entre nós e que olha por cada um todos os dias. Céu que reina as saudades e as mágoas de quem não está bem. Lua que ama cada noite passada pelo ser, que à janela, pensando, mesmo olhando para o infinito, recordar aquele ser perfeito que tanto ama, ou que por fim amou. Lua, a que limpa as lágrimas dos desfavorecidos no seus amores. Lua que aquece aquele par de corações esfriados do desentendimento mutuo. Lua que fazes, sem mesmo justificando o porquê, com que cada noite seja diferente, pois só de noite percebem, homens, o quão inúteis são, os incapazes que são de fazer aquilo que devem fazer no dia e que apenas é planeado de noite, naquela janela que conforta corações e almas gastas da picardia mental profunda. Lua que fazes a noite ser diferente todos os dias para cada um.
Lua que és diferente 


RJ99

Candeeiros descalços

Concelho: Não desligar a música



Noite. A chuva intensa fazia-se cair de forma bruta, com vontade de furar a pedra que já mais seria furada. Não tinha direção, no entanto, o seu ponto forte era molhar o desgraçado sentado na beira da ponte da cidade. Com um ar perdido e com as mãos na cabeça fazia-se sentir e arrepiar a mágoa que sentia. O seu choro era sangue de amor e odio por quem o tinha deixado de forma, muito provável, injusta. Já não lhe sobrava forças nem para se levantar e a noite comia-o na escuridão dos candieiros apagados. Um único candieiro iluminava-o. O único, que mais tarde, iria ver a tragédia mergulhada nas águas turvas do rio fundo. Eu sentia a dor. Sentia o que ele sentia. Ele não via mais a luz da sua esperança e apenas via o apagão nas águas que seriam  seu conforto para todo o seu sempre. Eu não conseguia avançar e muito menos queria faze-lo, simplesmente limitava-me a olhar pra aquilo que lhe estava destinado. "Foi agora" e assim pensei. Já não o via mais e quando olho pras águas turvas vejo-o virado para cima, com os olhos fechados e a desaparecer na escura água do rio da cidade, sobre a  ponte dos candieiros descalçados da sua luz. Uma lágrima caiu-me do rosto por sentir tanta dor sem levar uma unica chapada de quem mais amo.


Por vezes, não é um estalo físico que nos doí mais, esquecemo-nos daqueles "estalos" que levamos de quem mais amamos, aqueles que não se sentem por fora mas sim por dentro


RJ99

Sem ti complica

As vezes que faltam as palavras para caracterizar alguém, que gostamos imenso, é frequente. É realmente dificil querer demonstrar aquilo que gostamos por palavras. Por um lado é enganador, sendo que as palavras não fazem os nossos atos, como também a nossa personalidade, torna-se por si um ato enganador tentar exprimir um sentimento, um amor verdadeiro por meras palavras.bem,  possivelmente esquecidas pelo leitor.
Ah, mas eu gosto tanto dela. Foi a melhor pessoa que conheci até hoje.
Uma amiga que quero ter e para sempre ficar.
Muitos me perguntam se somos namorados ou algo do gênero. É estranho, mas até que percebo esse tipo de questões quando me veem a falar com uma pessoa com tanto carinho. Bem, o fato é que ela merece todo o meu carinho e muito mais. Outros percebem-me e simplesmente perguntam-me como a conheci. A história é longa e quando começo a contar não paro. Consigo sempre acrescentar um pouco a mais a história (nenhuma mentira).
Ela é a única pessoa (fora a família ) que me apoia em qualquer caso. No bem ou no mal ela está lá para me apoiar e fazer-me sentir um autêntico príncipe. O meu carinho é pouco, por isso, com toda a minha sinceridade escrevo este texto a ela.
Uma amizade dura quando é alimentada com amor, confiança e paciência, sem uma delas não consegue ser uma amizade forte e duradoura.
 

Inspirado pela Musica- John Mayer -Free fallin

RJ99

Manto do "só"

Concelho: Não desligar a música

Escura a noite e quente maliciosa a minha mente. Sentia frio e que agasalhado eu estava. Neve caia solenemente no seu tempo que aos poucos, e quando acontecia, era quebrado com um toque de uma leve brisa fria, exaltada pelo transtorno de cada carro que passava e que num caso fazia-se sentir mero e já em outro realmente constante. Mas nada daquilo me fazia importância. Nada comparado com o que eu estava a sentir. Olhava em minha volta, em quela neve noturna, e em todos via a felicidade presente. Cada sorriso dado pelos casais que passeavam pelas ruas cobertas daquele manto branco espelhava em mim aquilo o que me faltava. Naquela cena não estava feliz. Uma bengala acompanhava-me. Uma bengala que por sinal fazia me parecer ser de bastante luxo. Era brilhante e tinha uma curvatura no inicio da mesma, com bastantes fios dourados. Não estava mal vestido de todo. Porem, do que me adiantava tanta luxuria quando o meu sitio era um banco de madeira gelado. Permanecia sentado no meio do banco, de frente pra um lago coberto de gelo e em volta a bem dita manta branca. Só, eu estava. Por instantes parava um casal ou outro no "meu" banco para se deliciarem com o seu amor, mas logo saiam. O mais provável era eu estar a incomoda-los com a minha presença. Não saia do meu lugar. Para onde eu ia se não pra minha casa? Casa que só eu habitava. Não estava confortável perante tanto amor. Sentia saudades de alguém. De uma mulher, bem capaz. Era a solidão que me ocupava, que se sentava do meu lado e dava aquele abraço ao corpo que não lhe pertencia.

RJ99

Em vão

"Não me lembro de correr..... Via apenas tu a correr sem fim".
A juventude que em permanecia não sabia bem como lidar com certas. Era novo, e pouco daquilo tinha vivenciado. Tínhamos-nos conhecido à pouco tempo, mas isso não fazia de uma relação, ou tentativa, impossível. Sentados nas escadas falávamos. Aquele momento que subíamos as escadas e dizias "quero falar contigo", fazia me sentir um frio na barriga, calculando algo pior.
Apercebi-me quando sentei-me e vi a cara dela. Desconfortável e sem saber como dizer o "não" que já eu esperava. Caiu o mundo, as histórias até lá vividas, a vontade de acreditar no que tinha dito.
Levantou-se e saiu. Em vão vai, em vão foi, em vão fiquei, em vão permaneci. Nada fazia sentido, quando tudo que passava na minha cabeça era dita em vão. Cabeça focada na mentira verdadeira criada na minha mente. Tudo era dito em vão, pensando que, mais tarde, voltaria tudo ao normal e que tudo aquilo que ela tinha dito era mentira.
"Não me lembro de correr", não me esforcei para retorcer aquilo que eu queria, "Via apenas tu a correr sem fim", ela acabava por "fugir" sem olhar para trás, sem querer ver na desgraça que o deixou.
Ele orienta-se em meras e simples palavras soltas na mente que agora está destruída.
Ela orientada pelo futuro que lhe espera, esquecendo do futuro que roubou ao "outro"


RJJ99

Brinquedo da dor



#########carrega play na música. Vais perceber porquê.##############


Leve lágrima corre o rosto á medida que avanço em direção ao metro, vendo as pessoas a olhar e a pensar " Que raio lhe aconteceu?". Ignorando-as sem se aperceber da verdadeira realidade e da figura que fazia.  . Aquela emoção percorria-me, apertava-me, esmagava-me, destruía-me de tão desgraçado que era, ou me fazia sentir.
 "Quem és?", "Quão cruel tu és para afastar assim aquela pessoa". Frases que se tornavam perdominantes á medida que me aproximava das bilheteiras, chorando cada vez mais de cabeça baixa.
O capuccino do starbucks estava para além de molhado. Aquelas pequenas e dolorosas lágrimas tomavam conta de o encharcar. O pior choro que algumas vez podemos ter. O choro que se transforma em sentimentos e faz com que cada lágrima derramada seja mais pesada que uma simples lágrima de uma dor física.
Sentia-me usado, humilhado, de rastos. Era mais um daqueles bonecos que "pairavam" pelas ruas, desolados com a tanta dor que suportaram por amar a pessoa que não devia.
No metro, sentado, lembrava-me, encostado ao vidro, de tudo que tinha acontecido naquele dia, o que fazia, mais uma vez, soltar uma lágrima de cada vez. Uma senhora mete a mão na minha perna e diz " com calma as coisas se resolvem". Foi o auge! Naquele momento soube o que era chorar. Metendo o gorro na cabeça e virando a cara para que aquela maravilhosa senhora não me visse derramar as minhas ultimas lágrimas.
Adormeci em pleno metro. O cansaço sentimental era imenso.
Acordei com a cara um pouco molhada do choro que não tinha descido. Endireite-me e o resto da viagem até casa foi feita com base na música que ouvia. - Love's Divine - SEAL

Por vezes não temos a noção da velocidade que as coisas correm e como podem vir, ou não, afetar-nos.
Certo que, não sabendo como, as paixões surgem do nada, no momento que se menos espera.

RJ99

Não és

Parece estranho. Um mundo revertido como quem vê o pôr-do-sol reflectido no mar, dispensando o verdadeiro belo sobre as águas do imenso mar, onde vês as margens contaminadas por gigantes barcos, onde, ao observar o quadro lunar mágico, não consegues perceber se é óleo negro ou sangue. Sangue das guerras, do racismo, vandalismo, prostituição ou das mães que abortaram seus filhos brancos e claros da inocência da pouca vida que até ao momento tinham percorrido. Um mundo que, estranhamente real, ficou. É a tristeza da realidade que fala, onde vejo gente a enfrentar por um prato de comida, onde a água é saliva  e droga alivio. Enquanto muitos dormem, outros se contorcem. É o frio que segue o rumo e com ele a sua sorte. Corrupção é diversão, trabalho duro de tormento é o sustento. A moda é o humilhado engraxar o sapato e em qualquer caso é apenas mais um chato. A vida é mais que um mero poema realizado por um ser bem sucedido, esquecido, despreocupado por quem o pouco lhe persegue de forma sistemática.
Não és o mundo que via em criança. Quem és tu, mundo cruel? Convidas, de forma injusta, a morte habitar no coração que não lhe pertence. Sai, acaba, deixa. Não mereces os bons.
Não és.
 

Lua que vês



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 Pianinho pequenino tocas no tom afinado, afinando almas e corações. Corações que se amam na luz do ar. do vento que corre debaixo daquela árvore colorida, num por-do-sol intenso na chama de quem o vê, no ser de quem o sente. A luz é escassa e apenas vai sobrando a luz da noite. Noite da mágoa, da tristeza, aquela que os fracos  não aguentam a escuridão nela presente, que choram e fazem birra sempre que ela vem sem saberem que aquela provação apenas os vai tornar mais fortes, com mais coragem de viver o dia, olhando para trás e rir das birrinhas que faziam. Baloiço que chama num andar repetitivo, que baloiça no olhar de cada um, pois a beleza e a perfeição está nos olhos de quem a vê e sente. Perfeição sentida, amada e corrigida. Lua que me amas, Lua que me olhas, não deixes que eu caia no escuro da noite, na desgraça do coração destroçado. Reflectes em mim  o que reflectes no mar imenso, com suas aguas ondulantes e desgraçadas pelo Homem. Reflecte em mim a tua beleza interior, porque em ti muitos choraram, muitos viram e sentiram aquele que, na outra janela, olhavam para ti pensando em mim.

RJ99

Nuvens


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Os meus dedos desenrolam num manto electrónico de teclas. Teclas com letras, letras que formam palavras, palavras escreveram-se; muitas desiludiram e muitas fizeram rir. Quem sou eu afinal? Quem manda em mim? Quem me ordena escrever estas palavras que, não sabendo bem o porque, quero muito escreve-las? Elas satisfazem o meu desejo. Ser maldito que fez de mim um mau escritor; apreciador da arte escrita.
Certo que a minha mente devia perder rumo à medida que fosse escrevendo as "palavras". Ela cresce, cresce, cresce no pensamento baralhado, na língua presa quando essa quer falar. Só sei escrever? E  amar? Também não devia ser um mundo de letras?.... e é, mas não escritas. Escrever faz as flores tocarem nos céus, as nuvens descerem para que os pequeninos que desejam toca-las possam tocar nelas como quem toca na terra suja das brincadeiras de meninos.
Escrevi, escrevo, e voltarei a escrever. O meu lugar é nas nuvens!!!

RJ99

Lua chorei em ti


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Subia devagar e tudo ao meu redor era brilhante. Estava numa nave espacial; que sonho, minha mãe;
Em pequeno sonhava ser astronauta para conseguir roubar todos aqueles "pontinhos" brilhantes. Queria da-los a único Príncipe na minha vida - Olá, avô. queres estas "estrelinhas" que trouxe para ti? - .

Estava a caminho da Lua. Aquela que já me matou de saudades, que olhava para mim e sabia o que sentia, aquela que ao olhar para ela chorava de dor, a mesma dor que só o meu coração a sente.
Pisei-a, senti-a e chorei, porque nela estava eu, em cima do paraíso celestial, vendo todas aquelas estrelas a brilharem para mim e para ti..
Andava desorientando pela lua, no caminho destinado ao nada e só.
Subia pelas pequenas crateras da lua, e de lá via o meu mundo, aquele onde tu estavas.
Andava por lá e ao mesmo tempo  a pedir a tua presença. Queria partilhar contigo aquilo que via, sentia, amava.
Acordei! olhei para cima. Lá estava ela; cheia, brilhante, baloiçando um sorriso, em busca da demonstração das minhas lágrimas. Não aguentava.
Pelo céu de esplendores e a lua donzela nua. E cruel o meu pensamento, meu coração, por amar algo que tão longe está.
Mara.... ah, quero dizer, Lua (!!) que encanta olhos de malditos, choros de "feiosos"
Em tempos sabemos amar, mas não quando desistimos dos sonhos.

Avô, estão aqui as minhas estrelas. Aquilo que fui conquistando até agora com tudo aquilo que me ensinaste!

RJ99



Piano em notas.

Concelho: Não desligar a música


Sonhos que tenho, sonhos que me perseguem. Sonhos sem sentido, com um toque de beleza emocionante.
Estranho quando acordamos com falta de ar, não por ter algum problema de respiração, mas sim por ter tido uns dos meus sonhos estranhos (novamente)




Verde, muito verde: Sala velha e escura com raios de luz fortes que nela atravessavam. A janela grande tinha vista para uma floresta densa ao mesmo tempo magnifica pelos sons que de lá saiam; cânticos celestiais de pássaros amantes, das folhas soltas e ramos cruzados.
No canto, junto a janela, um piano velho que a sua idade nele mostrou muitas pautas, muitos amores, choros, arrependimentos, saudades, lágrimas. Sentado nele, estava uma velhota, do seu lado, o seu parceiro, que por sinal era novo de mais para a idade que a senhora aparentava. Sentados tocavam no momento que choravam. De mãos dadas, ambos tocavam com uma só mão, desenrolando a suas vidas em notas confortantes, arrepiantes e por si tristes. O pobre parceiro já tinha morrido, apenas fazia companhia a sua companheira que tocava a musica que ambos tinham composto.
Em mim chorei, por me aperceber da saudade que aquela pobre/forte mulher atravessava. Que o grande amor que aqueles seres passaram nada se tinha alterado. "até ao resto das nossas vidas".
A mulher pedia -  "leva-me. Aqui nada faço" - com a constante resposta do seu falecido esposo -  " toca, toca, que aqui quero-te ouvir toca-la. Tocar a musica que nos fez, nos criou e em nós fez crescer" - .
Por momentos a senhora parou de tocar e sorriu; "amo-te" ; e adormeceu junto da janela em busca daquilo que esperava todos os dias perto do piano, seu querido amado.

RJ99


Ridículo nos olhos de quem as vê

Eu queria fazer um texto com interesse, de forma que as pessoas ficassem presas, mas acabo por me distrair num momento em que estava no "top". Aquelas conversas no chat sem qualquer sentido lógico.

Ele- k
Ela- L
Ele- w
Ela- supostamente era "m", mas ok

Aquelas que por sua vez nos olhos e no coração de outros não as sentiram e as acham simplesmente ridículas.
Facto é que nós próprios sabemos que os estranhos ajudam-nos. Podemos ser aquilo que queremos, para um estranho, mostrando uma outra face que não nos pertence. Não é "a toa" que as melhores conversas são com as pessoas que não nos julgam.  São conversas injustas, ideias falsas.
No entanto, nesse tipo de conversas existe o seu lado bom. Aquele que te ajuda nos piores momentos, por vezes. Quem nunca teve uma conversa com um estranho apenas para acalmar a mente, preencher o coração, que está vazio, e trocar palavras em vão? Bem, eu já tive, e aprova está lá em cima. Parece ridículo. Parece porque só "fala" quem sente e para isso repito, "Aquelas que por sua vez nos olhos e no coração de outros não as sentiram e as acham simplesmente ridículas" .

RJ99

Anda, eu dou-te a mão





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Sonhos que tenho, sonhos que me perseguem. Sonhos sem sentido algum, não deixando de ser lindos. Estranho quando acordamos com falta de ar. Não pelo facto de ter algum problema de respiração, mas sim por ter tido um dos meus sonhos estranhos (novamente).

Era Noite, corria eu sobre as enormes dunas, no sentido destino oculto, olhando para cima e vendo o céu estrelado. Que  bem estrelado ele estava. Aquele toque de brisa confortante e o frio agradável corria no meu corpo. Tinha vestido uns calções e uma t-shirt, ambas as peças brancas. "Via" as coisas  a chorar. Corria, corria, corria, enquanto choravar, cantando ao mesmo tempo. O próprio sonho tinha a musica a acompanhar, eu apenas seguia o sentido da musica. Tropeço, caiu, levanto, choro, corro, passo as mãos na cara, canto, tudo isto com um aperto no peito como se alguém me tivesse feito algo de mal. Naquele sonho só queria chorar, derramar aquilo que em tempos foi amor, aquilo que foi a única coisa que prendia o meu viver.
Parei e comecei a olhar para o céu. Com as lágrimas a correrem, com os soluços repetidos, pensei - "avô, espera-me, estou a caminho" - e continuei a chorar ao mesmo tempo que voltava a correr, mas desta vez com mais força e coragem de suportar algo que nem todos tem coragem de o fazer. SAUDADE.
Depois de tanto tempo a correr, cai.exausto no chão a olhar as estrela e de uma forma súbita adormecendo..... a caminho daquilo que prometi aquele senhor que tanto me amou(a)...

RJ99

Feliz?

Do "0" começamos, do "0" terminamos. Não tem como fugir á grande e verdadeira realidade. Este é o único facto ao qual temos a certeza que nos é possível acontecer; não se sabe em que momento é. Neste percurso, aquele que todos nós passamos, uns melhores outros piores, aquele tal "caminho" que nos é destinado, temos como principal objectivo em sermos felizes. No entanto, esse é o factor que termina com muitas vidas. A taxa de suicídios cresceu 60% nos últimos 50 anos. A "falta" de felicidade é um dos pontos culpados correspondente a esse crescimento. Já não se sabe onde ir buscar a felicidade.
Quem sou eu? Quem é o meu ser? Para que sirvo? De que adianta saber o que sei se não sou reconhecido como tal? Não falo de bens materiais, até mesmo de possíveis talentos; falo da minha personalidade.
Não somos felizes, nem nunca seremos se continuarmos a pensar todos da mesma forma. Antigamente, 50 ANOS ATRÁS (!!!!!), as pessoas olhavam umas para as outras e viam personalidades. E agora? O que vê o a sociedade, para alem dos bens materiais? Nada! Vivemos num mundo monótono, ao qual todos temos que ser iguais (teorias/ideias); terem todos o mesmo estilo de roupa/musica, mesmo gostos; algo fora do normal, porque nos dias que correm, se eu gostar de R&B, sou criticado por não ouvir "boa música".
Quem me dera recuar 50 anos e tentar perceber a diferença de "mundos".
Ainda nós gozamos com os tais de "cotas", aqueles que têm a sabedoria na língua e praticam-na no seu dia a dia e com toda a razão.

RJ99

Acreditas ?

Amor não é envolver com a pessoa perfeita, aquela dos nossos sonhos.
Não existem príncipes nem princesas.
Encara a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando as qualidades dela, mas sabendo também de todos seus defeitos.
O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser.

RJ99!

Mais sonhos?

Lá andava eu, numa estrada sem fim. Limitava-me a apreciar o que estava e permanecia ao meu redor.
Árvores em grandes quantidades que percorriam a estrada infinita. Um verde intenso, com uma mera, fraca e sentida brisa suave.
Percorria-a, eu, devagar. Sentia um aperto. Designam eles, humanos falsos, de angustia. Essa mesma desaperecia quando estes meus olhos olhavam para a rapariga.
Era como se ela acabasse com aquilo que sentia. Tudo que vinha na minha cabeça era varrido com um simples sorrido por ela dado, como se sem intenção virá-se a minha cabeça sentido tudo o que queria sentir.
Esse caminho, pelo qual  eu andava, era feito por nós. Em frente, numa estrada infinita.  

RJ99

Sonhos?

A brisa passa devagarinho, de baixo do meu corpo deitado. Isto sou eu a voar. A vontade de percorrer é imensa. Fly with me, fly... Imagino um mar calmo, escuro, onde ambos voamos sobre ele com, e exclusivamente, um ponto de luz na nossa frente; Lua é o nome da luz que mata muitas lagrimas. Aquela brisa que refresca a cabeça, com um toque sonoro das belas águas! Para...Para...Paradise <3.
Um sentimento muito difícil de expressar em meras palavras, principalmente vindo de uma mente fora do normal!

Noite  |   Mar   |    Lua
this is the world I want to live forever with you, yeah?

RJ99!

da para perceber?



O som desembrulha-se ao tocar nas tão belas e suaves teclas do piano. Um movimento suave desperta um sentimento provocador, esse mesmo, relata um impulso interior descontrolado! Corre ele, por todo o corpo. Agita a mente. Torna-se continua. Reagir a ventos maliciosos, a trovoadas descontroladas e a mares agitados torna-se uma actividade diária. Fugir? Para que? É tipo "tommy e jerry", separar é algo que não predomina nos dicionários deles. Haaa, tommy e jerry! Saudades da infância despreocupada que todos nós, em principio, tivemos... Tudo para nós é maravilhoso :). Eu queria ser piloto...Memórias, memórias, memórias e mais memórias. Tempo gratificante, volta. Volta que tem gente à tua espera!

RJ99